Estão de volta os Santos populares. E que falta nos fazia esta normalidade. Este convívio que tanto nos alimenta e nos dá um cheirinho da eternidade prometida. Esta época dá-nos sempre um outro encanto (…). A comida e a bebida fazem o milagre da multiplicação das relações. A boa disposição opera em todos nós o milagre de uma partilha sem fim. A comemoração dos Santos populares é muito mais do que uma mera tradição. É, no meu entender, a forma mais humana que temos de dar a conhecer a alegria de Deus por nós. Ao festejarmos o Santo Antônio, ou o São João ou o São Pedro, trazemos um pouco do Céu à Terra. (…) Comemorar os Santos populares com a família e amigos é hoje, mais do que nunca, um testemunho verdadeiro de que o sonho de Jesus pode ser cumprido. E o que precisamos? Precisamos do simples que Ele nos deixou: uma boa refeição, uma boa mesa e testemunhar com a nossa vida e a nossa alegria de que sabemos amar e ser amados.
Emanuel António Dias. “Ai, meus ricos santos populares”.
In: https://www.imissio.net/artigos/49/4751/ai-meus-ricos-santos-populares/
Meditação:
Você estava com saudades das festas juninas? O que a alegria destas celebrações provoca em nós? Para nos ajudar a refletir sobre isso, o Passo a Pensar de hoje traz um trecho do texto “Ai, meus ricos santos populares”, do cronista português Emanuel António Dias. Escutemos o que ele nos diz:
Emanuel António Dias começa sua crônica falando de um retorno e provocando a memória da falta: falta dos festejos populares, falta do encontro, falta da alternância entre trabalho e festa, entre esforço e descanso, que nos parecia normal. Como você viveu esta ausência das festas? O que aprendeu com este tempo de jejum celebrativo?
O cronista português reflete sobre o encanto dos pequenos milagres que acontecem nas festividades juninas: boa disposição, encontros e relações, partilhas. Ele vê em tudo isso uma proximidade entre o céu e a terra e um modo cotidiano, corriqueiro, de nos fazer experimentar algo da alegria do Evangelho, da alegria de Deus. Você vê essas festividades desta maneira? Sabe valorizar a alegria e o descanso?
Escutemos, uma segunda vez, a crônica de Emanuel António Dias.
Emanuel nos provoca a ver na simplicidade das pequenas alegrias algo do sonho de Jesus, algo que nos prepara para a grande alegria. Isso porque, por meio de mediações diversas, como a mesa e a refeição compartilhada, nós nos transportamos a este portal para a vida divina: amar e ser amado. Você é capaz de ver o sonho de Jesus se realizando também nas festas, nas celebrações populares?
O Passo a Pensar de hoje vai chegando ao fim. Há algum ponto que você gostaria de revisitar ou aprofundar?
A Faculdade Jesuíta deseja que, nos trabalhos e nas festas, nós aprendamos a sempre amar e servir!
Música: Música para festa junina (sem direitos autorais)
Locução: Lucimara Trevizan e Francys Silvestrini Adão SJ