Tornar-se um milagre

Há sempre um milagre, um pequenino milagre, que acontece e que chega para nos iluminar o dia, a vida, o coração. Às vezes, tão despercebido. Às vezes, tão à vista. Mas sempre, sempre, vestido de amor. Às vezes, escondido naquele abraço mais demorado que nos abriga. Às vezes, escondido naquela mão que se estende e que nos segura. Às vezes, escondido naquele olhar que faz parar o mundo e que nos cura. Às vezes, escondido naquele sorriso que embeleza tudo e que nos abraça. Às vezes, escondido naquele colo que sabe a casa e que nos serena. Às vezes, escondido naquela palavra do coração que nos conforta. Às vezes, escondido naquele silêncio cúmplice que nos toca. Às vezes, escondido naquele riso que se ouve ao longe e que nos contagia. Às vezes, escondido naquele gesto de amor que nos salva. Às vezes, escondido naquela pessoa que está ali e que nos faz sorrir. Há sempre um milagre, um pequenino milagre, que acontece e que chega para nos iluminar o dia, a vida, o coração. Talvez, às vezes, pareça que não. E talvez, nessas vezes (e em todas as vezes), o maior segredo e o verdadeiro sentido da vida seja procurarmos, todos os dias, sê-lo nós. Ser aquele abraço que abriga. Ser aquela mão que segura. Ser aquele olhar que cura. Ser aquele sorriso que abraça. Ser aquele colo que serena. Ser aquela palavra que conforta. Ser aquele silêncio que toca. Ser aquele riso que contagia. Ser aquele gesto que salva. Ser aquela pessoa que faz sorrir. Talvez o maior segredo e o verdadeiro sentido da vida seja procurarmos, todos os dias, ser aquele milagre, aquele pequenino milagre, que acontece e que chega para iluminar dias, vidas, corações. Às vezes, tão despercebido. Às vezes, tão à vista. Mas sempre, sempre, vestido de amor.

Daniela Barreira. “Aquele pequenino milagre”. In: https://www.imissio.net/artigos/49/4618/aquele-pequenino-milagre/

Meditação:

O que é um milagre? Será que eu sei reconhecê-lo presente em minha vida quotidiana? Para nos ajudar a refletir sobre esse tema, o Passo a Pensar de hoje nos propõe o texto “Aquele pequenino milagre”, da cronista portuguesa Daniela Barreira. Escutemos o que ela nos diz:

Daniela Barreira não busca explicar os grandes milagres, mas os pequeninos e tão próximos de nós. Em sua diversidade de manifestações, há algo em comum entre eles: são sempre vestidos de amor. Como o surgimento improvável e imprevisto do amor em nossas vidas pode ser considerado um verdadeiro milagre?

A cronista faz uma lista de milagres escondidos em pequenos gestos de amor: abraços, mãos, sorrisos, olhares, colos, palavras, silêncios. Em síntese, pessoas! Nesse sentido, será que os milagres estão sempre ligados a pessoas que se fazem mediação para uma experiência, simples e autêntica, do amor?

Daniela, com delicadeza poética, não quer somente dar a compreender o milagre do amor, mas ela convida seus leitores e leitoras a fazerem uma aliança com esta possibilidade surpreendente de tornar-se um milagre no mundo e na vida dos outros. Como esse convite interpela seu coração? Isso lhe parece desejável?

Vamos chegando ao fim de mais um Passo a Pensar. Há algum ponto desta reflexão que você queira aprofundar e revisar?

A Faculdade Jesuíta deseja que aprendamos a reconhecer e a ser neste mundo pequeninos milagres do amor!

Música: Abide With Me – Henry F. Lyte/William H. Monk © CD Sanctus – Paulinas.

Produção e Locução: Lucimara Trevizan e Francys Silvestrini Adão sj

Uma realização da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia